A FÉ NO MARKETING


Texto de Pablo Massolar 

Publicado por Gospel+
em 10 de março de 2012

O mercado é sórdido!”, assim dizia meu professor de Sociedade e Economia na faculdade. Ele fazia referência à falta de escrúpulos nas guerras e disputas de poder econômico, defesa e conquista de mercados desde os tempos mais remotos da humanidade.

Aliás, dizia ele, que não há limites para mentiras, golpes, guerras, injustiças, ameaças e todo tipo de baixarias quando o interesse econômico está em jogo.

Não pense que o mercado é motivado por causas nobres! Ele enxerga como produto e bens de consumo qualquer ação, serviço ou mercadoria que possa gerar algum tipo de lucro, ainda que esta mercadoria sejam as coisas que, em tese, não deveríamos tratar por mercadoria como, por exemplo, a fome na Etiópia ou o analfabetismo no sertão brasileiro, mas há quem se beneficie muito com a exploração destes “produtos” e, portanto, os mantenha como estão, apesar do embrulho no estômago que saber destas coisas gera nas pessoas de bem.

A grosso modo, o marketing é a ferramenta que estuda e analisa o mercado para que um determinado produto seja melhor aceito e, consequentemente, venda mais e/ou gere mais retorno de investimento e lucro. 

Ele observa os concorrentes, a maneira das pessoas se comportarem, consumirem e, então, define as estratégias de abordagem e sedução para aquele público alvo específico.

Tenho visto, com muita tristeza, a fé ser tratada como um novo bem de consumo. 

O marketing da fé é explorado à exaustão, definindo metas, estratégias, mercados, linguagem, produtos e públicos. 

Tudo vira “produto”: a pregação de um determinado pastor, o CD do cantor ou ministério de louvor, as campanhas de milagres, as rosas ungidas, os lenços, as sessões de descarrego e a “mídia”, que até então era o culto, agora ocupa lugar nas grandes emissoras de TV do Brasil porque este mercado da fé está crescendo. 

O problema é que aqueles que apenas consomem fé, como um benefício, um produto de valor agregado, vão se distanciando da verdadeira Fé, livre, libertadora e vivificante do Evangelho. 

Ela é aos poucos apagada, substituída por uma fé presa ao templo/loja e ao modismo cegante da época.

Na disputa deste “mercado gospel”, na defesa da fatia deste “bolor da fé”, por interesses econômicos, assistimos as mais horripilantes falcatruas, e inacreditáveis mentiras, ao ponto até de “bispos” e “pastores” simularem exorcismos com o testemunho de “demônios” para desacreditar a igreja concorrente.
 “

Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15.7-9).

Esta, infelizmente, é a realidade na grande maioria das “igrejas” espalhadas por aí. E aqueles que nela estão viraram “fiéis” (cegos), não de Deus, mas dos líderes destas empresas.

É claro que nem tudo está perdido. Ainda existe gente séria, discípulos de Jesus. A Igreja (com “i” maiúsculo) é invisível e somente de Deus, não pode ser negociada. 

O Reino de Deus não cabe atrás da plaquinha, nem dentro do templo de nenhuma religião do mundo! Ele está presente onde há corações sinceros e humildes, e para o desespero dos empreendedores da fé, está muito além dos nomes das igrejas e comunidades.



Não vejo problema algum em se adequar a linguagem ou a forma de se comunicar o Evangelho para que mais pessoas o entendam. 

Crianças e adultos, por exemplo, exigem abordagens diferentes não só do Evangelho, mas de tudo na vida; têm compreensões distintas sobre os mesmos assuntos, então, neste aspecto, o jeito de se entregar o conteúdo deve ser diferenciado para cada um. 

Simples assim. Mas quando ao método ou à estratégia são dados mais importância que à essência, então o que se pensa ser o caminho em direção às Boas Novas de Jesus acaba se transformando numa perigosa armadilha.

As pessoas vão se prendendo à forma, à linguagem, endeusando templos, lugares, líderes, denominações/marcas e nomes.

Em busca de mais adeptos às suas igrejas ou de fidelizar seus clientes, alguns líderes religiosos acabam vendendo a imagem de que a verdadeira fé está naquele lugar, as outras igrejas são vistas como concorrentes e desmerecidas.

 Música, estilo, “bênçãos”, “milagres” e “cobertura espiritual” são tratados como diferenciais e utilizados como técnica para atrair mais gente.

Perceba como estamos tão vendidos às técnicas do marketing da fé que nem diferenciamos mais as palavras “culto” de “produto”. 

Quando dizemos que temos “culto para jovens” ou “culto para senhoras” estamos dizendo, na verdade, que temos “produtos para atrair jovens” e “produtos para atrair senhoras “, porque o culto é somente para Deus, não para o homem. 

Nós nos esquecemos que não é o tipo de culto que deve atrair as pessoas, mas sim a compreensão do perdão que recebemos de Deus. A Graça, ou seja, o Dom gratuito de Deus é o que nos motiva a louvá-lo.

O perigo de se fazer do “evangelismo estratégico” ou do “show/apresentação do culto” o alvo a ser buscado em si mesmo para atrair as pessoas é que o mercado, como de costume, exige cada vez mais. 

Logo, o próximo lugar que proporcionar a “melhor bênção/oferta”, “mais emoção” ou a “melhor apresentação do culto/produto” abocanhará a sua fatia de mercado conquistado.

Quero deixar bem claro que não sou contra a utilização de música, teatro, testemunhos, acrobacias, danças, pirotecnia e qualquer outra expressão de arte para se anunciar o evangelho ou como vontade de glorificar a Deus com tais atitudes. 

Mas não acredito na utilização destas coisas como “estratégia” ou “técnica” para alcançar outras pessoas “para Jesus”. Tudo o que é estratégia deixa de ser verdadeiro quando se trata do Evangelho. 

O Evangelho nasce de dentro pra fora, naturalmente. É produzido pela Verdade que faz morada em nossos corações e alcança o outro ser humano. 

Não por ser simplesmente emocional ou atrativo, mas por produzir Vida e luz/compreensão para o nosso caminho em Deus.

A mensagem de Jesus nunca foi “venham ficar admirados com as coisas que sei fazer!”, mas “arrependam-se e creiam no Evangelho!”. 

E ainda: “Tomem sobre vocês a sua própria cruz e me sigam, fazendo as mesmas coisas que eu fiz, ensinando e imitando a maneira como andei entre vocês!”.

O Deus que não faz propaganda vazia de si mesmo te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


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Abraço

 Hilario Filho - Cristianismo e Marketing

Que Deus em Cristo vos abençoe!



HERMENÊUTICA E A IDADE MÉDIA


Durante a idade média prevaleceu a interpretação alegórica defendida por Orígenes.

 

João Cassiano, já citado em Hermenêutica I, acima, foi um dos principais representantes da época, e lhe é atribuído a famosa distinção entre os quatro sentidos da Escritura:

a) Histórico ou literal – o sentido real do texto.

b) Alegórico ou Cristológico – o sentido mais profundo, apontando  para Cristo. 


c) Tropológico ou Moral – determinava as obrigações ou conduta  do cristão. 


d) Anagógico ou Escatológico – apontava para o futuro, as cousas vindouras. 

Além dele, e Agostinho houve outros que defenderam vários níveis de sentido em cada passagem das Escrituras. 

O ponto central interpretativo desta época era alegorizar a lei de Moisés. 

Procuravam transferir as práticas mosaicas para o contexto da época substituindo objetos, como o uso de corais, velas e imagens, e justificando-os com base em textos interpretados alegóricamente.

A igreja criou muitos dogmas os quais eram justificados alegorizando textos bíblicos do Antigo Testamento. 


Gregório o grande é um exemplo típico da época, pois seus sermões possuiam três níveis de interpretação: literal, alegórico e moral. 

Usou a ressurreição de Lázaro para enfatizar a confissão auricular. 

O sistema levítico enfatizava o sacerdócio, e assim por diante. Mas, nem tudo estava perdido na idade média, pois surgiram escolas de teologia nas catedrais onde se estudava a Bíblia dando atenção ao contexto histórico-gramatical. 

Outro motivo para isto foi o conhecimento das obras de um judeu chamado Rashi que enfatizava o método de interpretação literal. 

Outro fato que muito influenciou foi a tradução de obras de Aristóteles e a publicação da obra de Maimônides, “Guia para os Perplexos” onde ele defende a interpretação literal da lei. 

Outro grupo que fez uso e enfatizou a interpretação literal das Escrituras foi: Ordens Mendicantes como os franciscanos, e outros.

A tradução da Vulgata para o Inglês por João Wycliffe também contribuiu para a interpretação literal da Bíblia por parte do povo comum. 

Apesar disto, durante a Idade Média prevaleceu o sentido alegórico. 

Tomás de Aquino reconhecia o valor do sentido literal, mas estava convencido de que metáforas, alegorias, e similitudes faziam parte do sentido original, (divino), para o texto. 

Mas de alguma forma a interpretação gramático-histórica permaneceu para tornar-se o sistema de interpretação dos reformadores.

Este período da história foi o pior período da Igreja, pois a famosa alegoria permitiu que a igreja romana criasse muitas doutrinas heréticas como: purgatório, missa, ou reza para tirar mortos do purgatório, acendimento de velas para santos e outros mortos, adoração de estatuetas, e, etc.. 


Mas, apesar disto, Deus manteve o método gramático-histórico por alguns que estudavam a Bíblia, e a ensinavam nas Catedrais, Mosteiros, e em Escolas de Teologia mantendo a chama acesa para a Reforma Protestante que se deu com Lutero, Calvino e outros.

Que Deus nos ajude a interpretarmos sua Palavra de acordo com sua vontade.

Continuaremos o assunto no próximo artigo.

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Desejo-lhe Um Bom Dia, e Boa Leitura

Pr. Dr. Hilário Filho – Cristianismo e Marketing

AUTOR de A FÉ SALVANDO UNS E ENRIQUECENDO OUTROS, Veja-o >>>Aqui<<<
  
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