O apelido que dá origem ao nome foi colocado por inimigos ironizando o ideal de pureza que defendiam.
Foi um movimento nascido dentro da Igreja da Inglaterra, Anglicana, e que se estendeu por outras igrejas independentes que desejavam maior pureza na igreja, na sociedade, no estado.
Desejavam completar
a reforma, pois estavam insatisfeitos com a reforma parcial da igreja que ainda
conservava cousas que haviam herdado do catolicismo que eram contrárias às
Escrituras.
Muitos eram ministros das Igrejas: Anglicana, Batista,
Congregacional e Presbiteriana, e produziram muito material teológico.
Tinham
alto apreço pelas Escrituras, mas crendo em sua divindade, autoridade e
centralidade na vida da igreja e do cristão.
Para eles, tudo na vida do cristão
deveria estar debaixo da autoridade das Escrituras; e entendiam que Cristo era
o tema central dela, seja no Novo Testamento ou no Velho Testamento.
Insistiam
na necessidade de se possuir e submeter-se a autoridade do Espírito Santo para
se fazer uma boa interpretação das Escrituras que deveria ser literal indicando
a intenção do autor humano.
Cada texto tinha apenas um sentido, o pretendido
pelo autor humano.
Isto não significa que não eram letrados, capacitados para a
interpretação das Escrituras, pois entre eles haviam pessoas conhecedoras das
línguas originais, do Latim, filosofia, literatura, música, etc..
A
hermenêutica deles basicamente prosseguiu com os princípios dos reformadores.
Utilizaram-se do método gramático-histórico, embora ainda houvesse alguns que utilizavam-se do método alegórico em passagens do Antigo Testamento.
Utilizaram-se do método gramático-histórico, embora ainda houvesse alguns que utilizavam-se do método alegórico em passagens do Antigo Testamento.
Houve
divergências quanto a interpretação de textos escatológicos como Romanos,
capítulo onze, versículo vinte e cinco em diante, onde se discute a salvação de
Israel, mas no geral todos seguiram o mesmo padrão de interpretação.
Em alguns
casos afirmavam que a igreja representava o Israel do Velho Testamento, criam
que tudo que se aplicava a Israel no passado se aplica a igreja presente.
E,
muitas vezes foram mais zelosos com a Escritura que os próprios reformadores,
pois muitas vezes chegaram a extremos em sua hermenêutica.
Escreveram a
Confissão de Fé de Westminster que tornou-se a expressão de fé das Igrejas
Reformadas da Escócia, e da Igreja Presbiteriana, espalhada pelo mundo.
Para eles, a Bíblia era a autoridade final e máxima sobre todas as questões
da vida.
Criam na inspiração, veracidade, e autoridade das Escrituras; na necessidade da iluminação do Espírito
Santo para a compreensão da Bíblia;
A Escritura deveria interpretar a si mesma, e o texto com apenas um sentido, o pretendido pelo autor humano.
A Escritura deveria interpretar a si mesma, e o texto com apenas um sentido, o pretendido pelo autor humano.
Continuaremos o assunto no próximo artigo.
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