A HERMENÊUTICA E A REFORMA PROTESTANTE

Os reformadores adotaram o princípio de interpretação de Antioquia. O domínio de interpretação alegórica foi quebrado.

Para eles as Escrituras eram o juiz maior de todas as controvérsias. A Bíblia passou a ser o centro do pensamento religioso e prático da reforma. 

Reconheceram que a Bíblia era a Palavra de Deus, e que foi inspirada pelo Espírito Santo. Passagens difíceis agora eram resolvidas com a própria Palavra, pois segundo eles a Escritura deve interpretar a si mesma.

Enfatizaram a infalibilidade das Escrituras, embora reconhecessem que havia sido escrita por humanos, mas sob a inspiração do Espírito Santo.

Empregaram os recursos disponíveis para o estudo bíblico. Mas, as conclusões eram controladas pela doutrina da inspiração, veracidade e infalibilidade das Escrituras. 

Eles ensinaram que o texto bíblico tem um só sentido, a saber, o literal, a não ser que o contexto ou o próprio texto exigisse uma interpretação figurada ou metafórica.

Além da interpretação literal do texto, enfatizaram a natureza divina das Escrituras, e diante disto, criam que pessoas que não tivessem o Espírito Santo, tinham dificuldades em entendê-la. Pois para o pecador sem arrependimento, a Bíblia é apenas um livro comum, fechado.

Tanto Lutero, como Calvino criam que para interpretar corretamente as Escrituras era necessário a ação iluminadora do Espírito Santo através da Palavra. 

Mas, reconheciam que a Bíblia deveria ser estudada e pesquisada, visto que ter sido escrita para humanos, e em locais e épocas diferentes, e para diferentes pessoas, no entanto era necessário o conhecimento das línguas originais.

A reforma estabeleceu que a única regra infalível de interpretação das Escrituras é a própria Escritura. Ela se auto-interpreta elucidando suas passagens mais difíceis.

O sentido dela não poderia mais ser determinado pela tradição, ou pelo argumento filosófico, muito menos pela igreja. Para os reformadores havia apenas um sentido em cada texto, que era o pretendido pelo autor humano.

No entanto, era necessário encontrar o sentido do autor humano, pois isto era encontrar o sentido pretendido por Deus. Na busca da interpretação correta fizeram o uso do método gramático-histórico, buscaram o autor dos textos, bem como os recursos disponíveis como:

Conhecimento da língua original, usos gramaticais, conhecimento das circunstâncias em que o autor escreveu, e para quem escreveu, etc..

Também fizeram uso de material usado em outras épocas pela igreja, pois criam que o Espírito Santo havia usado outros antes deles, até para mostrar para o romanismo que não descartavam bons ensinos de autores como Agostinho e outros.

Deus em sua misericórdia, onisciência e onipotência preservou um remanescente fiel à interpretação literal que influenciou os reformadores. 

Eles buscando a verdade encontraram coragem e fé para traduzirem a Bíblia para outras línguas, bem como ensiná-la sem alegorização, bem como enfrentaram o poder dominante da época mostrando-lhes que a verdade e o caminho para o céu é Jesus, e não a igreja “a ou b”, pois igreja não salva ninguém, e sim o que Cristo realizou na cruz, lá no Calvário. 

Somos gratos a Deus que usou os reformadores para mostrarem ao povo a interpretação literal das Escrituras. 

Continuaremos o assunto no próximo artigo.

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Desejo-lhe Um Bom Dia, e Boa Leitura

Pr. Dr. Hilário Filho – Cristianismo e Marketing

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